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ENEM - 2011
Português
Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados, iam todos, até mesmo os brasileiros, se concentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, o cavaquinho de Porfiro, acompanhado pelo violão do Firmo, romperam vibrantemente com um chorado baiano. Nada mais que os primeiros acordes da música crioula para que o sangue de toda aquela gente despertasse logo, como se alguém lhe fustigasse o corpo com urtigas bravas. E seguiram-se outra notas, e outras, cada vez mais ardentes e mais delirantes. Já não eram dois instrumentos que soavam, eram lúbricos gemidos e suspiros soltos em torrente, a correrem serpenteando, como cobras numa floresta incendiada; eram ais convulsos, chorados em frenesi de amor: música feita de beijos e soluços gostosos; carícia de fera, carícia de doer, fazendo estalar de gozo.
AZEVEDO, A. O Cortiço. São Paulo: Ática, 1983 (fragmento).
No romance O Cortiço (1890), de Aluísio Azevedo, as personagens são observadas como elementos coletivos caracterizados por condicionantes de origem social, sexo e etnia. Na passagem transcrita, o confronto entre brasileiros e portugueses revela prevalência do elemento brasileiro, pois
A) destaca o nome de personagens brasileiras e omite o de personagens portuguesas.
B) exalta a força do cenário natural brasileiro e considera o do português inexpressivo.
C) mostra o poder envolvente da música brasileira, que cala o fado português.
D) destaca o sentimentalismo brasileiro, contrário à tristeza dos portugueses.
E) atribui aos brasileiros uma habilidade maior com instrumentos musicais.
ENEM - 2011
Português
Quem é pobre, pouco se apega, é um giro-o-giro no vago dos gerais, que nem os pássaros de rios e lagoas. O senhor
vê: o Zé-Zim, o melhor meeiro meu aqui, risonho e habilidoso. Pergunto: — Zé-Zim, por que é que você não cria galinhas-d‘angola, como todo o mundo faz? — Quero criar nada não… — me deu resposta: — Eu gosto muito de mudar… […] Belo um dia, ele tora. Ninguém discrepa. Eu, tantas, mesmo digo. Eu dou proteção. […] Essa não faltou também à minha mãe, quando eu era menino, no sertãozinho de minha terra. […] Gente melhor do lugar eram todos dessa família Guedes, Jidião Guedes; quando saíram de lá, nos trouxeram junto, minha mãe e eu. Ficamos existindo em território baixio da Sirga, da outra banda, ali onde o de-Janeiro vai no São Francisco, o senhor sabe.
ROSA, J. G. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: José Olympio (fragmento).
Na passagem citada, Riobaldo expõe uma situação decorrente de uma desigualdade social típica das áreas rurais brasileiras marcadas pela concentração de terras e pela relação de dependência entre agregados e fazendeiros. No texto, destaca-se essa relação porque o personagem-narrador
A) relata a seu interlocutor a história de Zé-Zim, demonstrando sua pouca disposição em ajudar seus agregados, uma vez que superou essa condição graças à sua força de trabalho.
B) descreve o processo de transformação de um meeiro — espécie de agregado — em proprietário de terra.
C) denuncia a falta de compromisso e a desocupação dos moradores, que pouco se envolvem no trabalho da terra.
D) mostra como a condição material da vida do sertanejo é dificultada pela sua dupla condição de homem livre e, ao mesmo tempo, dependente.
E) mantém o distanciamento narrativo condizente com sua posição social, de proprietário de terras.
Mackenzie - 2008
Português
Ao presenciarmos situações assustadoras, que geram expectativa de um final ruim ou problemático,
mesmo que na televisão ou no cinema, nosso cérebro cria uma sensação de tensão como se estivéssemos
vivenciando aquela situação. Essa capacidade do cérebro de vivenciar um episódio protagonizado por outra
pessoa tem sido muito útil na evolução da raça humana, pois funciona como uma espécie de aprendizado para
que saibamos como proceder frente a situações de ameaça.
Adaptado da revista Vida simples
Compreende-se corretamente do texto que
a) experiências em que se vivencia o terror devem ser estimuladas, dada sua extrema relevância no desenvolvimento
das pessoas.
b) a identificação que se observa entre espectadores e personagens televisivas ou cinematográficas é determinada
pelo grau de ameaça das situações ficcionais.
c) sobrecargas emocionais que propiciam crescimento humano são aquelas que a pessoa vivencia como se
estivesse no lugar de um outro.
d) o ser humano é afetado emocionalmente não só pelo que vivencia diretamente, mas também pelo que
observa, fato que constitui significativa experiência humana.
e) o cérebro é especialmente estimulado por situações inquietantes, oportunidades em que prepara a pessoa
para ser protagonista de todos os episódios em que vier a se envolver na sua existência.
UFAM - 2005
Português
Leia as alternativas abaixo, que se referem ao
romance Dom Casmurro, de Machado de Assis.
I) Não se tem certeza se Capitu de fato traiu Bentinho,
principalmente se levarmos em conta que tudo é
narrado do ponto de vista deste personagem, que é
um ciumento extremado e possui uma natureza
imaginativa ao extremo.
II) O autor-personagem é um cinqüentão solitário que
reproduz, no Engenho Novo, a casa em que se criara
na antiga rua de Mata-Cavalos, com o intuito de
restaurar a adolescência na velhice.
III) No estilo narrativo do romance observa-se a técnica
dos capítulos quase sempre curtos e, dentro deles,
as apóstrofes ao leitor e as digressões ora graves ora
humorísticas.
IV) A humilde Capitu revela-se esperta e cativante,
insinuando-se vitoriosamente no pequeno mundo de
D. Glória, a mãe viúva de Bentinho, vindo a casar-se,
posteriormente, com seu companheiro de meninice.
Estão corretas ou são admissíveis:
a) Somente II e III
b) Somente I e III
c) Somente I e IV
d) Somente I, II e IV
e) Todas as alternativas
UERGS - 2005
Português
Considere as afirmações abaixo
sobre Contos Gauchescos, de Simões Lopes
Neto:
I Contrabandista monta um tipo de
painel do contrabando em São Paulo, e os efeitos
desse meio de vida junto às famílias que dele
dependiam.
II Em Jogo do Osso, o narrador, no
início, lança o assunto e só depois situa-o no espaço
e no tempo, mostrando as antigas festas campeiras,
os jogos de azar e os valores envolvidos.
III - Em O Negro Bonifácio há uma
espécie de emboscada já no título, uma vez que a
personagem central é Tudinha, e todos os machos
se estraçalham por ela.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I.
B) Apenas a II.
C) Apenas a III.
D) Apenas a I e a II.
E) Apenas a II e a III.
Matemática de Loterias
As pessoas normalmente fazem apostas na Mega Sena, pelo valor acumulado mais alto ou pelo simples hábito. Sabemos que a probabilidade de levar o prêmio principal é bem baixo. Contudo, será que vale mais a pena apostar numa Mega Sena que pode pagar R$30 milhões ou numa Timemania que pode premiar R$5 milhões?
Pensar exclusivamente na questão PROBABILIDADE é a melhor referência. Porém, aliado a isso, o VALOR DO PRÊMIO e o VALOR DA APOSTA também são interessantes de levar em conta. Vale mais a pena gastar seus REAIS na MEGA SENA que paga R$30 milhões ou numa Timemania que pode premiar R$5 milhões? A probabilidade da Timemania é melhor (em relação à da Mega) e o valor da aposta é mais baixo.
É certo que O VALOR ALTO DE PRÊMIO seduz muito e valor baixo desmotiva o interesse. Porém, se o valor alto vem de um jogo cujas chances de ganho são muito discrepantes no confronto direto, muitas vezes é mais interessante ir atrás de um prêmio menor se as suas chances de êxito vencem, mesmo sendo uma premiação inferior.
De acordo com a relação PRÊMIO A CONQUISTAR e PROBABILIDADE DE LEVAR, CUSTO DA APOSTA, eu calculei uma NOTA DE MAIS VALIA. Veja na ORDEM (de cima para baixo) onde vale mais a pena (NOTA 100) gastar seu real até onde menos vale a pena apostar, levando tudo isso em consideração
A TABELA A SEGUIR MUDA DE ACORDO COM OS VALORES DOS PRÊMIOS, CUSTOS e REGRAS. CONFIRA A ANÁLISE NA DATA INFORMADA.
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